280 MILHAS FINAIS DA BLUE RIDGE PARKWAY
CONCLUIDAS.
Galax (VA) - Bryson (NC) - 17 agosto 2014
Foi muito mais tranquilo do que eu imaginava, em geral o transito na
Blue Ridge aos domingos é intenso, principalmente de motos.
Não que o transito chegue a atrapalhar, longe disso, acontece que isso leva os "cops" a apertarem a fiscalização. Talvez eu tenha saído muito cedo (7 h) mas o fato é que a estrada estava quase vazia, a temperatura bem baixa (na casa dos 18 graus) e o sol nem sinal de vida. Adiantei ao máximo essa primeira etapa, com um certo abuso na velocidade já que hoje eu teria de fazer 280 milhas. Pode parecer pouco, e realmente não é nenhum absurdo mas para um "coxinha" que está desde o dia 2 de junho na estrada, quase que sem parar, a margem de tempo que me sobra é mínima. Afinal tenho que fazer pagamentos (infelizmente tenho o péssimo hábito de pagar minhas contas. Mania de pobre !), ligar para meus filhos, escrever alguma coisa inteligível para aqueles que se dão ao trabalho de ler meus posts, baixar fotos, seleciona-las, lavar roupa, carregar baterias (celular, câmara, notebook), manutenção da Helô, consultar meteorologia, reservar hotel e um monte de outros detalhes que aparecem no dia a dia. Assim enrosquei um pouco o acelerador para ter alguma coisa antes de começar as paradas para fotos. Impossível não faze-las. Estou tentando faze-las enquanto piloto mas a qualidade, em 90 % dos caso, é péssima além de ser um tanto arriscado.
Uma coisa que me chamou a atenção, e olha que conheço a estrada desde 2011, é que não existe nenhuma "defensa" (guard-rail) metálica, todas são de pedra ou de madeira bem como as cercas que delimitam pastagens que, às vezes, confrontam com a estrada
Não que o transito chegue a atrapalhar, longe disso, acontece que isso leva os "cops" a apertarem a fiscalização. Talvez eu tenha saído muito cedo (7 h) mas o fato é que a estrada estava quase vazia, a temperatura bem baixa (na casa dos 18 graus) e o sol nem sinal de vida. Adiantei ao máximo essa primeira etapa, com um certo abuso na velocidade já que hoje eu teria de fazer 280 milhas. Pode parecer pouco, e realmente não é nenhum absurdo mas para um "coxinha" que está desde o dia 2 de junho na estrada, quase que sem parar, a margem de tempo que me sobra é mínima. Afinal tenho que fazer pagamentos (infelizmente tenho o péssimo hábito de pagar minhas contas. Mania de pobre !), ligar para meus filhos, escrever alguma coisa inteligível para aqueles que se dão ao trabalho de ler meus posts, baixar fotos, seleciona-las, lavar roupa, carregar baterias (celular, câmara, notebook), manutenção da Helô, consultar meteorologia, reservar hotel e um monte de outros detalhes que aparecem no dia a dia. Assim enrosquei um pouco o acelerador para ter alguma coisa antes de começar as paradas para fotos. Impossível não faze-las. Estou tentando faze-las enquanto piloto mas a qualidade, em 90 % dos caso, é péssima além de ser um tanto arriscado.
Uma coisa que me chamou a atenção, e olha que conheço a estrada desde 2011, é que não existe nenhuma "defensa" (guard-rail) metálica, todas são de pedra ou de madeira bem como as cercas que delimitam pastagens que, às vezes, confrontam com a estrada
Os túneis, pontes e viadutos, sempre que possível, tem
sua fachada com acabamento em pedra, o que torna sua integração com o meio
ambiente onde estão inseridos muito mais suave.
Outra coisa que me deixou espantando foi um conserto na estrada logo após
entrar em North Carolina. Lembrem-se de que era um domingo e não havia ninguém
trabalhando no local. A estrada estava com meia pista apenas, numa extensão de
uns 2 Km cheia de curvas. Não havia NENHUM guarda, fiscal ou quem quer que seja
controlando o transito. Apenas dois sinais, um numa ponta e outro na
outra, com placas de advertencia e informando que a multa por violar o sinal
vermelho poderia chegar a 5.000 DÓLARES ! Um pequeno gerador fornecia energia
para o sinal e para um display que informava o tempo que restava para trocar a
luz de vermelha para verde. A espera poderia chegar no máximo a 10 minutos, com
isso você desligava o motor da moto, colocava-a no descanso e quando faltassem
20 segundos tornava a liga-la. INACREDITÁVEL ! Me deu uma inveja braba.
Consegui chegar a Cherokee ainda cedo e surpreendi-me com o que ví. A
última vez que entrei em Cherokee foi em 2011 e a cidade mudou muito nesse
tempo. Era uma cidadezinha muquirana mas os danados dos índios estão investindo
muito e, já no ano passado, notei uma grande mudança com um comércio bonito e
muito mais forte, parques bem cuidados, sinalização perfeita e um tipo de
turista bem diferente dos motoqueiros e mochileiros do meu tempo. Os sacanas
dos Cherokees decidiram investir pesado no jogo e construíram um complexo de
Cassino, hotel e mall de 14 andares, bem ao estilo Las Vegas.
De Cherokee rumei para Bryson City onde tinha
conseguido um hotel (na bacia das almas) de 129 doletas por 50. Mal desci da
moto um grupo se aproxima de mim e pergunta: "Brasileño ". Si,
respondi e então iniciamos um papo animadíssimo em espanhol, inglês e português.
Eles são de Porto Rico e moram na Virginia, amigos que viajam sempre nas suas
Goldwings e adoram, como eu, a Blue Ridge.
Após me convidarem para jantar e fazer questão de
tirar uma foto comigo perguntaram por que eu todo ano voltava àquela região.
Pensei bem antes de cada palavra e acho que conseguí me fazer entender falando
mais ou menos o seguinte: "Viajar pela Blue Ridge Parkway é o mesmo que
entrar no paraíso sem ter a rídicula obrigação de morrer antes !"
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