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quarta-feira, 29 de maio de 2013

AV. GERIÁTRICAS II - Preparação das motos

 
Após a intempestiva aquisição da Helö e toda a correria resultante, credores por um lado, Receita Federal por outro, neta reclamando que vai ficar com saudades e  a troca de reais por dólares exigindo uma burocracia que nos tenta  apelar para a ilegalidade, entro no avião e desligo-me das conexões que me unem ao nosso confuso país, tomando o cuidado de manter apenas  os laços que  dão um sentido para minha vida: pessoas amadas  e  maravilhosas lembranças.  Ambos  regados à   lágrimas de emoção e de saudades,   estas últimas cada vez mais constantes e dolorosas.  Mas fazer o que, senão aboletar-me na Helö, ou na Thaís, voltar a proa para o horizonte, transformar a saudade numa ponte com a eternidade e descobrir que a felicidade é uma curva feita com capricho e arrojo ao som de um Big Twin que faz tremer o chão e disparar os corações. Bem,  mas isso são divagações de um velho gaga’ que não sabe muito bem o que fala. Prossigamos.  O fato e’  que cheguei a Charlottesville no dia 8 e imediatamente tratei de ligar a Sabrina Sato (a Goldwing) do Cyro. A danada pegou no ato e isto graças a filha do Cyro, que ligava a moto semanalmente além de manter a bateria carregada graças a um mini crregador da HD. At’e ai tudo correndo muito bem, apenas na hora de sair com a moto e’  que deu-se  o problema, a embreagem não funcionava. Como o acionamento da mesma é hidraulico, a primeira ação foi verificar o reservatorio do fluido (DOT 4)  e constatar que estava totalmente seco. Como não havia (e não há vazamentos) só pude atribuir a alguma barbeiragem da concessionária Honda onde a moto ficou para trocar o “estator”. Por ai se ve que concessionárias lambonas não são privilégio nosso não. Comprei o fluido, enchi o reservatório e fiz a “ sangria” . Por sorte o parafuso de sangria, embora na parte inferior da moto, e’  do lado esquerdo, o que me permitia, de joelhos,  “bombear”  a manete de embreagem com a mão esquerda, segura-la e com a mão direita aliviar o parafuso de sangria ate’  expulsar todo o ar. Fiquei de pescoço torto mas valeu a pena, consegui dar uma volta com a moto e ela saiu-se esplendidamente.


 
Depois disso, banho e um merecido descanso pois no dia seguinte o cara que me vendeu a moto viria me pegar as 8 da matina para a conclusão do negócio cujos detalhes foram objeto do capitulo “Uma policial entrou na minha vida”.

 




Após pegar minha moto  aproveitei para tratar de fazer a vistoria anual da Sabrina Sato, que já estava vencida. Procurei um posto autorizado, são vários e em geral oficinas particulares homologadas e sem nenhuma burocracia: voce chega, entrega o documento do veículo, aguarda numa saleta de espera com café, água e ar condicionado, na sua vez voce é chamado, coloca a moto no box, eles verificam pastilhas de freio, sistema elétrico, numeração de chassis e colam o selo com mes e ano da próxima vistoria no local que voce escolher para tal. Pague 12 dólares e após, no máximo, 30 minutos voce está liberado. Pronto a Sabrina estava operacional aguardando o Cyro e a Helö, cuja vistoria só venceria no final do mes, já estava circulando com seu orgulhoso piloto por todos os cantos de Charlottesville.
 
 

O grande problema foi que o Cyro não chegou sózinho, ele trouxe o virus de uma gripe como clandestino e o sacana do virus, ao invés de aproveitar a viagem, cismou de manifestar-se de forma traiçoeira derrubando o Cyro com um tal de “ipon”. Isso modificou totalmente nossos planos pois pior do que uma gripe é a recaida da danada e na nossa idade não podemos dar chances ao adversário que faz nossa fila andar com uma velocidade que em nada nos agrada. Tá certo que o cara também não ajuda muito, um dia em que se sentia melhor peguei-o deitado no chão debaixo da Sabrina (epa, epa...) regulando o pedal de marchas, verificando óleo e continuaria assim não fosse a bronca da filha. O fato é que o cara sossegou o facho.

Pelo meu lado, fazia pequenos percursos e apenas no sábado,  18 de maio, resolvi ir a Staunton na concessionária HD dar uma checada na “marcha lenta” (idle) da minha moto que estava muito baixa depois de aquecida (cerca de 500  RPM).

2 comentários:

Allan disse...

Boa!!!
Mais uma vez é um prazer vê-lo nessa empreitada!!!

Helio R. Silva disse...

Grande Allan,

apesar do atraso da resposta, muito obrigado e um grande abraço,