FORT NELSON (BC) – DAWSON CREEK
(BC)
2 agosto 2016
Saimos cedo hoje e resolvemos dar uma
passadinha no Museu de Fort Nelson bem ao lado do hotel. Acabamos por perder
quase 2 horas nessa visitinha. Afinal eram poucos mas belos carros das décadas
de 20, 30, 40 e 50. O anfitrião, um senhor bem idoso mas bem esperto e ativo. O
museu é bem diversificado e reúne itens militares, como motores de aviões da
2ª. Guerra, torres e brocas de petróleo, bombas de gasolina, ferramentas,
placas, letreiros e uma infinidade de quinquilharias. Já estávamos saindo e eu
explicava ao Felipim o motivo pelo qual os cariocas apelidaram uma moeda, lá
pela década de 30, de “voando para o Mangue”. Eu falava em alto e bom
português, claro que não o erudito e muito menos o castiço mas sim o de
botequim mesmo. Duas senhorinhas nos olhavam quando uma delas falou com um leve
acento do Algarves: “-Estou a ouvir alguém falando o português”. Sim, claro a
gaja era da terra natal. Portuguesa há 26
anos no Canadá mas sem renegar as origens. Fiquei gelado com o que ela poderia
ter ouvido mas, se ouviu, portou-se como uma dama e não comentou nada.
Conversamos amenidades e tomamos o nosso rumo, aproveitando o belo sol que
fazia.
Sol que nos acompanhou na 1ª. parte da
viagem e assim rodamos 240 km direto. Demos uma parada apenas para apreciar uma
ursa e seus dois filhotes brincando na beira da estrada. Quando fizemos menção
de tirar a câmera fotográfica do bagageiro da moto fugiram e o mais engraçado
foi ver a um dos filhotes subir em uma árvore com extrema facilidade.
Como não podia deixar de acontecer, em
se tratando de Canad’água, a chuva deu o ar de sua graça e de forma como já
estamos nos acostumando: temperatura despenca uma barbaridade, céu fica preto e
cai uma pancada forte de uns 10 a 15 minutos onde a velocidade tem de ser bem
reduzida. Houve um momento em que um raio caiu bem à nossa frente, ficamos aguardando e em pouco tempo o
estrondo que parecia o motor de uma BMW Adventure explodindo por falta de óleo.
Uma coisa horrível....
Próximo a Dawson Creek a chuva deu uma
trégua e partimos para descobrir onde ficava o marco da “Milha Zero” da Alaska
Highway....que começa aqui, em Dawson Creek mas nem sinal do marco. A solução
seria fazer umas fotos na placa de boas-vindas na entrada da cidade. Quando o
Filipe dobrou a primeira esquina lá estava ele, o tal marco. No meio de um
cruzamento com uma calçadinha de nada em volta. Não quisemos nem saber,
atravessamos a rua, invadimos a pracinha e fizemos todas as fotos que
merecíamos.
Cansados mas felizes tínhamos que nos
alojar, procura hotel daqui e dali e encontramos um que prometia “high speed
wi-fi”........ claro que era propaganda enganosa. A internet era um lixo, o
wi-fi pior ainda e o gerente um tailandês baixinho que falava um inglês pior do
que o meu.... o que quase nos causou problemas no dia seguinte....
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