EDSON –
BANFF
6 agosto 2016
Sai de Edson hoje às 8 h, parei uma ou
duas vezes para fotos mas nada que comprometesse meu objetivo de pegar a
Icefield Highway em Jasper por volta das 10 h. A estrada até Jasper é excelente
e tem um visual muito bonito enriquecido pelas Rochosas. Muitos carros, motos e
ciclistas mas os moto-homes predominavam. Acho que eles alugam aquela goiaba e
vão aprender a pilota-lo nas estradas. Tem que ter muito cuidado ao
ultrapassa-los e ao ser ultrapassado por eles. Como ? Se espantou ? Sim, eles
andam de pé embaixo nas picapes monstruosas, com um baita motor V8, puxando a
casinha com rodas e a infeliz da sogra dentro tentando colocar a dentadura.
Hoje na chegada de Banff, um maluco fez
um strike em 4 ou 5 carros e caiu numa depressão certinho, sem virar o carro e
soltar o reboque. Como tinham 3 carros da polícia imagino que era para segurar
a sogra do sacana...
Para usufruir da paisagem e curtir a
estrada você tem que morrer em 8,50 dólares mas vale a pena. Eu parava tanto
que começava a ficar preocupado em perder a cama que reservei num hostel em
Banff. A estrada serpenteia por entre montes cujos picos ainda estão cobertos
de neve. Tem curvas, subidas e descidas que fariam a alegria de todo
motociclista não fossem as paisagens que nos obrigam a maneirar no acelerador
para tentar aprecia-las sem correr o risco de um acidente.
Eu estava feliz como pinto no lixo (como
o Clynton com a Mônica Levinsky – será que estou misturando as estações ! Se estiver perdoem-me) Mas o fato de estar
pilotando a Helô, num local aprazível como aquele, ainda por cima debaixo de um
SOL maravilhoso, era para comemorar.
Apertei um pouco o passo e quando
cheguei a um pouco mais da metade do caminho – faltavam uns 120 Km, ELA
chegou....... ELA quem, hão de me perguntar....não, não foi a policial de olhos
azuis e algemas douradas.......;.foi uma chuva torrencial que mal deu tempo de
colocar minha jaqueta à prova d’água. Choveu muito e o tempo todo. Só parou
quando cheguei a Banff. O acidente do
maluco com o moto-home deve ter sido por causa da chuva, parar aquela encrenca
no tempo seco já é difícil, imaginem com chuva....
Vim para o tal do hostel, muito bem
organizado e enorme. Fiz meu registro, recebi uma toalha – que entendi como uma ordem para dar um banho no Hélio – a chave eletrônica do quarto (com 3 beliches
numeradas) e um roteiro com todas as instruções (restaurante, wi-fi, etc...).
Ao entrar no quarto deparei-me com uma
figura oriental, baixinho e sorrindo o tempo todo. Foi logo se apresentando,
chama-se Ice é de Singapura e vai ficar uma semana aqui aproveitando as
excursões que o hostel organiza. Perguntei a ele qual o critério para escolha
das camas e ele falou-me para eu escolher (os outros hóspedes ainda não haviam
chegado). Mostrei o número que a recepção me deu e as camas numeradas. Ele
novamente falou para eu escolher. Mostrei a cama inferior perto da porta e das
tomadas e ele, imediatamente, trocou os número das camas e fez uma reverência
oriental.
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