NIMES - AIX-EM-PROVENCE
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11 de Junho de 2015, 08:47
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Quando peguei a
Brigitte, ela estava com mais de 8.000 km. Eu rodei 5.500 km em condições
severas para os pneus, principalmente o traseiro onde se concentra o peso, além
da própria tração. Minha preferência pelas estradas secundárias leva a um
desgaste maior dos pneus pelo conjunto de fatores: maior número de curvas,
qualidade do asfalto, uso mais intenso dos freios, redução de marchas,
arrancadas, etc. Somando-se a isto os roteiros do Douro e dos Pyrenées que
exigem demais dos pneus, foi uma consequência natural a necessidade de trocar o
traseiro, que já havia alcançado o TWI.
Em Nimes eles não
poderiam entregar a moto no mesmo dia. Optei por Aix-em-Provence que não tinha
o pneu em estoque e recomendou-me uma concessionária Yamaha em Marseille que estava 26 km à frente. Parti
para la mas antes fiz fotos de uma marca que eles também representavam, com umas motos bem interessantes, embora de baixa cilindrada.
Em Marseille, o local lembra muito a Santa Efigênia em São Paulo, com lojas de acessórios e motos uma ao lado da outra. Colocaram a Brigitte para dentro e fiquei fazendo hora nas imediações. Um motard que já estava saindo da concessionária, vendo minha dificuldade no idioma com o funcionário da Yamaha, veio nos ajudar, conversávamos em inglês e ele traduzia para o cara.
Em Marseille, o local lembra muito a Santa Efigênia em São Paulo, com lojas de acessórios e motos uma ao lado da outra. Colocaram a Brigitte para dentro e fiquei fazendo hora nas imediações. Um motard que já estava saindo da concessionária, vendo minha dificuldade no idioma com o funcionário da Yamaha, veio nos ajudar, conversávamos em inglês e ele traduzia para o cara.
Tudo resolvido,
ficamos batendo papo, quando vi uma Midnight Star 1900 e falei com ele que era
uma bela máquina. Ele riu e falou-me: “-É minha, eu tinha uma 1300 antes.” Pedi
para fazer umas fotos para mandar para a moçada e ele começou a me falar sobre
a moto. O design da danada lembra muito a Indian. O motor da minha, um 1300, é
refrigerado a líquido e na 1900 eles voltaram para refrigeração a ar. O motor usa
o sistema de carter seco, o que permitiu aumentar muito o vão livre da moto.
Como se isso não bastasse, usa camisas de cerâmica no bloco do motor. Os preços
estão na faixa de 10.000 euros a 1300 e 17.000 euros a 1900.
Depois de falarmos
sobre as motos, ele perguntou-me sobre minha viagem, fiz um resumo e ele me
falou: “-Você não pode deixar de conhecer o Lac Saint Croix em Gorges Du
Verdon, é a água mais azul que existe na face da terra”. Pronto, botou minhoca
na cabeça de tio Hélio. O único problema é que a subida é cavernosa, cheia de
curvas e na beirada de um canyon. Ou seja, serviço completo. Sai dali direto
para um hotel em Aix-em-Provence de onde partiria para esse tal paraíso no dia
seguinte.
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