Paris (FR) – Le Ribay
(FR)
12 maio 2015
Hoje sai
tarde de Paris, tive que esperar as lojas abrirem e comprar ferramentas para
instalar o suporte do GPS no “handle-bar”. Só não instalei a parte elétrica
porque fui recomendado a levar a Brigitte apenas na rede autorizada Yamaha, por sinal a maior da Europa. Amanhã resolvo mais essa parada, enquanto isso
o negócio foi carregar a bateria do GPS e vir economizando ao máximo. Ainda
assim a bateria do GPS zerou e só me restou o mapa. Estou fazendo meu percurso
fugindo das grandes estradas, com isso evito pedágios, passo por pequenas vilas
francesas e arremato traçando umas curvinhas que já me fizeram arrastar a
plataforma da Brigitte. O único inconveniente dessas estradas secundárias é que
você pilota praticamente dentro de um cartão postal e tem que se portar à
altura do momento para não destoar do conjunto da obra.....é muita
responsabilidade para um velho e encarquilhado motoqueiro ! Só me resta, corrigir a postura, mãos
naturalmente pousadas nas manetes, cotovelos mais baixos do que os punhos,
cabeça erguida e o olhar como o que de uma águia fitando sua presa no horizonte,
arrematando com o velho e saudável sorriso nos lábios de quem se sabe recompensado
pela vida.
As velocidades,
na maioria das vezes são entre 70 - 90 Km h nas estradas secundárias e em torno
de 120-130 quando pego trechos das grandes rodovias com consumo na base de
18-19 Km por litro da 98 octanas (sem etanol). Já estou me sentindo à vontade
na moto, ela tem uma relação de marchas bem longa e nas ultrapassagens basta
jogar uma marcha para baixo e enroscar com fé que ela faz bonito. O para-brisas enorme e sem distorções, permite
pilotar confortavelmente nas baixas temperaturas que tenho encontrado, além
disso, a forma como foi colocado não gera reflexos à noite nem dos cromados
durante o dia. Isto sem falar no monte de insetos que eu iria engolir sem ele,
heheheh. Estou gostando, estou gostando muito dessa tal de Brigitte.
Abasteci duas vezes e na segunda, em uma
pequena vila, o senhor que me atendeu indicou-me um toillete dentro da garagem.
Todos os toilletes do mundo deveriam ser iguais àquele: uma réplica Shellby
Cobra e um Triumph “Jacaré” enfeitando a entrada. Esses carros me perseguem ! O
Cobra está parado a algum tempo, como denunciam as teias de aranha e ausência
do cambio (está com um motor Rover V8). O Triumph, com as elegantes rodas
raiadas e a “churrasqueira” na tampa da mala.
Parei numa
pequena vila chamada Le Ribay onde vou jantar e pernoitar. Amanhã a luta
continuara amigos. Tenham todos uma ótima noite e muito obrigado por tudo.
Grande abraço moçada !!!!
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