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quarta-feira, 6 de junho de 2018

AMERICAS TOUR 2018 - 3

PARECIA QUE IA SER MONÓTONO...MAS A ESTRADA SEMPRE NOS SURPREENDE...

Ganeisville (FL) - Columbia (SC)

Planos são alterados geralmente durante à noite, afinal é o momento em que, relaxados, passamos em câmara lenta todas as peripécias do dia, os riscos envolvidos, os obstáculos superados e, principalmente, o que vem pela frente. Talvez seja o momento em que refreamos um pouco a criança voluntariosa e um tanto irresponsável que nos assalta de quando em vez. Talvez seja o tal de equilíbrio. Mas o fato é que decidi ir o mais rápido possível até a Virgínia, na primeira cidade da divisa (acho que é Bristol). Isso porque a Helô, apesar de estar com a licença em dia, precisa fazer uma vistoria para rodar sem problema e ela venceu em 31 de maio. Caso ocorra algum acidente eu certamente estarei complicado. Por isso decidi setar o GPS para o caminho mais curto e estou subindo na direção desejada por estradas com enormes retas e com velocidades mais altas. Paciência, pensei. Sem foto, sem relato mas buscando a legalização da Helô.
Sai cedo do hotel, sem mesmo tomar café (o indiano que toma conta do muquifo acorda tarde) e adiantei o expediente. Depois de 100 milhas de reta me deu um sono impossível de prosseguir. Parei em um posto onde haviaumas mesas para pique-nique debaixo de umas árvores e dei uma bela cochilada de uns 40 minutos. Lavei as fuças e bebi um enorme copo de um troço que eles juram ser café e o sono foi embora. Sol na moleira, Helô a 70 milhas, de vez em quando 80 para ultrapassar as enormes carretas que deixam uma turbulência que sacode até o Jack Daniel's dentro do babageiro.
Foi assim, andando quase sem parar que sai da Florida por Jacksonville, passei Bronswick, deixei Savanah para trás, cruzei a Georgia de sul a norte, entrei gloriosamente em South Carolina e parei no visitor center. Como a sinalização mandava "cars" para um lado e demais veículos para outro, fiquei estqacionado no meio de carretas e moto-homes. Mas value a pena. Tinha um Peterbilt negro como o bigode do Sarney que ofuscava os demais caminhões. Existe até uma história que há alguns anos, a Peterbilt resolveu modernizer o desenho de seus caminhões e lançou uma série experimental. Pra quê, meus amigos,os caminhoneiros e até mesmo donos de transportadoras ameaçaram boicotar a fábrica e eles tiveram que voltar atrá. Mas o danado é lindo mesmo, e de uma beleza opressora.
Sai dali pensando, consegui pelo menos umas fotinhas para o pessoal. E lá ia eu empertigado na Helô, como se fora um "cop" que ia pedir a mão de uma policial canadense quando vejo uma pequena placa na beira da Estrada, com uma entrada à direita. Não pude entrar pois vinha um caminhão um pouco atrás e preferi não correr o risco. 5 milhas à frente fiz o retorno, voltei e entrei na cidadezinha chamada Walterboro. No posto de gasoline pedi informações e as duas coroas não sabiam de nada. Mais à frente, uma pequena casa onde era o centro turístico e a senhorinha me deu todas as coordenadas e o mapa. Segui por mais umas 3 ou 4 milhas e lá estava: uma pista de pouso com algumas construções em volta denunciando que ali foi uma base militar. Aliás a maior base militar da América e onde os cadetes chegavam, de todas as partes, para fazer seu treinamento de combate. Dali, sairam os imortais Tuskegee Airmen para escrever uma das mais belas páginas da luta contra o racismo na história dos Estados Unidos da América. E lá, em frente à pista, sob a sombra das árvores e a presença da Old Glory está o TUSKEEGEE AIRMEN MEMORYAL, onde pudemos reverenciar esses guerreiros que, por uma grande coincidência, lutaram no mesmo teatro de Guerra que nossos heróis do 1o. Grupo de Aviação de Caça.
Com isso lá se foram duas horas mas valeu...













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